Como Aprender Português - Resenha crítica - Pablo Jamilk
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Como Aprender Português - resenha crítica

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Desenvolvimento Pessoal

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Como aprender português: O guia definitivo

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: Editora Independente/Não Encontrada

Resenha crítica

Língua Portuguesa: de ponto fraco a arma de batalha

Esta é a disciplina com o maior número de reclamações dos que estudam para concursos públicos e vestibulares, com permanente sofrimento, reclamações e erros, bem como a frustração.

É comum ver concurseiros comprando diversos cursos, com variados estilos de aula e sentindo-se despreparados na hora de responder às questões em suas provas. 

Posso afirmar que uma das principais causas das dificuldades para o estudo tem a ver com o próprio curso de Letras, no qual me formei. Nele, diz-se muito que “gramática é coisa do passado, ninguém mais tem que saber esse tipo de coisa”.

Pois ela, a gramática, é de fundamental importância e com grandes dificuldades para ser compreendida nas provas diversas.

Para superar a dificuldade em entender melhor e estudar de maneira mais efetiva a Língua Portuguesa, é necessário ter em mente que alguém já fez isso. Há muita gente especializada, capaz de destrinchar frases e questões simples. Ou seja: é possível.

A insistência no trabalho de estudar nosso idioma, até resolver as melhores provas, é outro instrumento utilizado para estar à frente dos concorrentes. 

Como saber o meu nível de conhecimento em Língua Portuguesa?

Há quem pense ter bom nível de conhecimento da Língua Portuguesa, mas acaba se frustrando na hora de responder a questões de provas e concursos. 

E há uma maneira de testar o próprio conhecimento em nosso idioma. Faça uma autoanálise e responda se...

  1. Você sabe a diferença entre Morfologia e Sintaxe.
  2. Você sabe a diferença entre Sintaxe do Período Simples e do Período Composto.
  3. Você sabe o que é Morfossintaxe.
  4. Você sabe o que é Morfossemântica.
  5. Você saberia conjugar um verbo no pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
  6. Você sabe a diferença entre uma voz passiva sintética e uma voz passiva analítica.
  7. Você sabe o que é uma oração reduzida.
  8. Você sabe explicar o motivo de empregar uma vírgula nas sentenças.
  9. Você sabe o que é um hipérbato.
  10. Você sabe o que é ordem direta da oração.

Se você não soube responder a qualquer um dos itens citados, é sinal que seu nível de conhecimento da Língua Portuguesa está abaixo do básico para saber o que será cobrado em uma prova.

Se tiver conhecimento acerca de até três das questões, é um iniciante no conteúdo. Se soube até seis itens acima citados, tem um conhecimento mais consistente, mas precisa melhorar. Se gabaritou, já tem o nível básico da matéria. 

A partir do que sabe ou não, poderá direcionar melhor seus estudos, focando no que precisa ser melhorado para aumentar seu rendimento, sem que haja um “decoreba”, mas um real domínio dos temas. 

Alguns mitos e verdades das dificuldades de se estudar Língua Portuguesa

Mitos:

  • Saber as regras é só para quem teve boa educação formal na escola;
  • Existem técnicas para estudar gramática mais rapidamente;
  • Ler bastante já é suficiente para saber gramática;
  • Em determinados lugares as pessoas falam mais corretamente e por isso sabem mais gramática;
  • Todas as gramáticas são válidas;
  • O professor deve ser legal para o melhor entendimento da matéria;
  • Quem é melhor em exatas tem o direito de ser ruim em humanas.

Verdades

  • Gramática não é para todos;
  • Sintaxe é um conteúdo difícil;

Não dá para aprender tudo de Língua Portuguesa em apenas um curso.

Quanto tempo de estudo?

Para maior efetividade no estudo da Língua Portuguesa, é fundamental dividir o tempo e cumpri-lo semanalmente, de maneira disciplinada. 

O ideal é estudar, no mínimo, três vezes por semana com assuntos relacionados à  gramática, reservando algumas horas no domingo para melhorar a capacidade de interpretação de tempo. 

Uma boa divisão de tempos de estudo é essa:

  • Teoria, com leitura das regras e análise das frases, deve ocupar 30% do seu tempo de estudo;
  • Prática, com resolução de exercícios, deve ocupar 40% do seu tempo de estudo;
  • Leitura de diversas fontes bibliográficas deve ocupar 30% do seu tempo de estudo para se familiarizar ao estilo das questões de cada prova, conhecendo melhor as diversas bancas examinadoras.

Nível médio X Nível Superior

Em relação à profundidade teórica das questões, não há muita diferença entre as provas de Língua Portuguesa de nível médio ou nível superior. Afinal, o conteúdo exigido para conhecimentos básicos abarca o que foi estudado entre os ensinos fundamental e médio. 

A grande diferenciação vem na interpretação de textos e nas fontes das quais eles são extraídos. Nas provas de nível médio, as questões vêm de sites e livros mais ligados ao cotidiano comum e no nível de referenciação. Algo mais superficial.

Já as provas de nível superior costumam trazer textos ligados às questões de obras literárias mais complexas, com grande deslocamento temporal e referências à Filosofia e ao Direito. 

Existe um método correto de aprendizagem?

Existem caminhos conhecidos que servem para as pessoas melhorarem a aprendizagem e atingir seus objetivos. 

Se você se organizar melhor para o estudo da Língua Portuguesa, deve ficar atento à divisão lógica do conteúdo, dessa forma, para melhorar a memorização dele:

  • Fonético / Fonológico: estudo da produção, emissão e articulação dos sons da língua, com questões sobre contagem de sons e letras nas palavras;
  • Morfológico: aqui temos a análise da estrutura e classificação das palavras dentro de uma sentença. É a base de todo estudo para compreender o idioma;
  • Sintático: responsável pela análise das funções ques os termos da oração desempenham. Aqui encontramos termos como “sujeito”, “objeto” e “predicativo”;
  • Semântico: é a parte que destrincha o significado das palavras;
  • Pragmático: análise do sentido de palavras e expressões em determinado contexto. Em suma: interpretação de texto.

Memorizar para facilitar

Para compreender as teorias envolvendo Língua Portuguesa, é necessário compreender os conceitos-chave, que muitas vezes embaralham nosso cérebro, levando-nos a confusões.

O ideal é usar cadernos: em um, anote as dicas de professores e especialistas; em outro, escreva o resumo do conteúdo. 

Com essa lógica simples, resuma os conteúdos a cada quinze dias, para memorizar, de maneira facilitada, tudo o que foi passado para você. 

Estudar por temas?

Tenho ressalvas quanto ao fato de estudar dividindo assuntos, pois isso incentiva com que tenhamos um conhecimento pontual de determinados temas. 

Dá a falsa sensação de conhecimento da matéria e nos leva a acertar mais questões, mas é importante compreender que a Língua Portuguesa é algo mais amplo.

Evite resolver questões apenas por temas específicos, evite se iludir. Se há uma maior facilidade em um tema, há dificuldades em outros. 

Não sei qual é a minha dificuldade em Língua Portuguesa

É comum desconhecer onde está a principal dificuldade em Língua Portuguesa, seja ela em gramática ou interpretação de texto. 

Nesses casos, é comum um desconhecimento dos conceitos anteriormente citados acerca dos campos diversos que envolvem o idioma.

É fundamental analisar esses conceitos e entender seu significado. Trabalhando melhor o que cada um dos conceitos descreve, você irá compreender de maneira pormenorizada quais são suas dificuldades e habilidades. Assim, o seu rendimento também aumenta. 

Diferentes bancas exigem diferentes conteúdos?

Não é raro encontrar concurseiros repetindo por aí que estão estudando “a matéria para a banca X”. 

Na verdade, não há um conteúdo para a banca X e outro para a banca Y. Tampouco há conteúdo de Língua Portuguesa destinado para esta ou para aquela carreira. 

O que existe, na verdade, é uma diferenciação no foco. Exemplo: algumas bancas pedem questões mais objetivas, outras estão focadas na descrição de regras de uma função em particular.

O aspecto interpretativo e o gramatical trazem exigências diferentes. Abaixo um pouco do foco cobrado pelas principais bancas em suas provas. 

A banca CESPE

É comum ver o CESPE aplicando provas como as da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público da União e agências reguladoras. 

A prova para o Instituto Rio Branco é uma exceção, mas a realidade da banca CESPE é: divisão entre questões de interpretação e de gramática. Em provas com até 25 questões, costuma haver de dois a três textos não muito longos. 

Seu estilo mais tradicional traz o julgamento de itens  “certo” e “errado”, com uma questão errada anulando uma certa. Mas, desde 2016, há uma tendência de modificar as questões para múltipla escolha.

A banca FCC

A Fundação Carlos Chagas está presente nos concursos dos tribunais, e é muito exigente.

Conhecida como a banca do verbo, foca em questões sobre transitividade, conjugação, complementação, vozes verbais, correspondência de tempos e modos, dentre outros aspectos que o conteúdo de verbos exige.

A banca ESAF

A banca Escola de Administração Fazendária costuma ter como estrutura cerca de 20 textos para as provas de 25 questões. Em geral, curtos e mais compreensíveis. 

Suas provas de Língua Portuguesa são mais cansativas do que complexas. 

A banca CESGRANRIO

A fundação CESGRANRIO é uma das mais tradicionais, promovendo concursos da Petrobras e da Transpetro. 

O conteúdo de suas questões é de amplo domínio, não muito exigentes, e as questões de interpretação de textos não exigem tanta profundidade. Sua tradição é de textos longos e questões sobre crase, concordância, pontuação e emprego dos pronomes.

A banca FUNRIO

A Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência costuma ser polêmica por ter questões complexas sobre grafia de uns elementos que parecem ter sido pinçados de dicionários de filologia, casos e exceção dentro das gramáticas. 

Costuma aplicar provas de prefeituras e ministérios, com muitas questões sobre figuras.

A banca FGV

Desafiadora, a Fundação Getúlio Vargas é um instituto sério, responsável pela aplicação do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

Suas questões de interpretação de texto são complexas, focando na natureza de adjetivos e noções de tipos de períodos. 

A banca CONSUPLAN

Focada em órgãos diversos, desde prefeituras a câmaras municipais, costuma trazer questões sobre mudança de conjunções, referenciação de pronomes, função de elementos na frase e interpretação de textos, com textos longos.

A banca IBFC

O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação costuma trazer provas com conteúdo duvidoso e muitas contestações em seus gabaritos. 

Há questões sobre morfologia, sintaxe, pontuação e acento grave indicativo de crase, dentre as mais comuns, com interpretação simples e de assuntos deslocados, muitas vezes apelando ao sensacionalismo. 

A banca VUNESP

A Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista domina os concursos regionais em São Paulo.

Tradicional, traz questões acerca de concordância, regência, emprego dos pronomes e da pontuação correta. É comum o uso de charges, exigindo compreensão de linguagem verbal e não verbal nas questões de interpretação. 

Notas finais 

O Português não é um idioma fácil de se aprender. Quantas vezes não ouvimos pessoas reclamando de suas dificuldades no aprendizado da língua-mãe?

Neste Como aprender Português: O guia definitivo, sistematizo a organização de uma maneira eficiente de se aprofundar nesse rico e complexo idioma.

Essas minhas dicas simples ajudam a organizar o estudo com o objetivo de não ler um montão de apostilas de maneira aleatória, mostrando o quanto é possível, sim, ter maior organização para entender de maneira profunda os diversos caminhos de nosso idioma.

E, assim, passar em provas, sejam elas vestibulares ou concursos públicos, e turbinar sua carreira profissional. 

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Quem escreveu o livro?

Pablo Jamilk é um YouTuber focado no ensino de português, e chegou até mesmo a criar uma metodologia que tem auxiliado diversos vestibulandos e concur... (Leia mais)

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